O Auto da Barca

Gil Vicente

Gil Vicente constrói uma alegoria onde os elementos fundamentais são um cais, as barcas e os seus arrais, que materializam a ideia da passagem para a morada eterna. Uma série de personagens vão chegando à praia, são os mortos que acabam de deixar o mundo. Cada personagem é representativa de certos tipos da sociedade quinhentista portuguesa. Mostram o seu carácter ao tentar com os seus argumentos justificar a entrada na barca do Paraíso. O Anjo e o Diabo, apontam e criticam os seus principais defeitos e faltas. Com esta sátira. Gil Vicente faz uma crítica cáustica e mordaz a vários tipos da sua sociedade, não poupando ricos, poderosos, pobres ou clérigos. No teatro, apesar de a peça ser só uma, a história que contém pode ser contada de várias maneiras. Ao estudar o texto surgem toda uma série de pormenores, ideias, críticas, opções que os artistas sentem como sendo os mais importantes de comunicar ao público. Tem de se decidir o rumo que se quer tomar, a maneira como se interpretam as personagens, como vão ser os cenários e os figurinos. Tudo isto com o objectivo de que a peça se torne o mais perceptível e interessante possível para o público e para quem a faz. Tem de ser uma coisa vivida, presente, com que se consiga realmente comunicar.

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